Por que falar de paz, se não conheces a guerra,
Por que chorar de dor, se nunca se pôs a luta.
De que valem as lágrimas sujas, com sangue de quem destilou,
Tudo o que lhe era verdadeiro, sentimental, racional.
De você não nos resta muito.
Uma fina essência de força, que não nos da noção de tamanho, intensidade,
Mas nos permite saber que foi maior e maior do que vejo.
Então vês mais valia, se a força do exemplo nem sempre alcança o horizonte?
Resplandece em teu espírito, a nobreza e a claridade, cristalina como água da fonte,
Corrente, incessante, transparente.
Porque tens conservado pra sempre, tudo aquilo que passou.
Agora em teus lagos desabrocham, flores dos teus sonhos,
Elas já não dormem em paz, mas tranqüilas.
Pois aprenderam que o mundo ainda geme,
Contraído por doenças da humanidade.
Uma guerra acabou, e essa foi só mais uma enfermidade.
Mas a você, minha querida esperança, encerra o suplício.
Fecha seus olhos, cala tua boca, cessa teu medo e dorme em paz.
quinta-feira, 26 de abril de 2007
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