segunda-feira, 9 de março de 2009

Meu caderno virou 3G


Olá meu querido diário. Primeiro, quero iniciar me desculpando pela ausência. Segundo, quero lhe agradecer por ter guardado tão bem as palavras que há muito tempo eu não lia. Hoje fico feliz por ter lhe feito um upgrade.
Se lembra quando suas páginas ainda ficavam amarelas? E quando eu escrevia a caneta e te enchia de borrões?
Você sempre fiel, nunca reclamou.
Não me importei em te deixar algum tempo sozinho pois sabia que você estava confortável.
Depois que as folhas viraram megas e gigas, você não teve mais que dividir espaço com minhas tarefas. Sabendo da rixa entre vocês, os mantive bem longe. As tarefas foram enviadas pelo email e provavelmente estão guardadas num HD. Já você, fica em destaque, online para quem quiser ler. Sei que você não virou nenhum astro mas entenda, você mostra tudo direitinho, só não é fotogênico.
É meu amigo, apesar de ficar sem minhas histórias, não lhe deixei desamparado. Daqui é possível consultar toda a biblioteca do google e também a videoteca do youtube e tudo isso a qualquer hora. Aliás, espero que tenha melhorado da sua insônia. Se você ainda tiver, pode ser estresse. Neste seu novo formato você pode aliviar estourando o plástico bolha virtual.
Acho que na verdade era eu que não te deixava dormir. O problema é que meus amigos sempre estiveram distantes. Agora com o msn e o orkut, sempre tenho com quem conversar.
Agora já vou indo mas te levo comigo. Vamos viajar. Pra onde? Acesse o Google Earth que eu já vou te mostrar!

quarta-feira, 6 de fevereiro de 2008

Se você tomar essa atitude agora, tem a plena certeza de que vai completá-la. Porém se você esperar para amanhã, sua chance já é de 50%.

quinta-feira, 13 de dezembro de 2007

Enfim a prova real!

Como vai você?? Sim você que está lendo isso agora!
Espero que esteja bem e espero que se sinta melhor ainda depois de terminar de ler essa mensagem. Isso porque ela traz a melhor das minhas vibrações. Sabe aquela que nasce exatamente da sensação do vencer!?!
A mensagem que trago hoje fala de amor. Mas não é o amor visto pelos aspectos românticos, melosos ou qualquer outro adjetivo com duplo sentido de acordo com a maneira como você está com ele.
(Engraçado que meu ultimo post foi em julho e foi falando de amor também!!)
Essa semana foi incrível. Eu me vi feito bobo frente aquele sentimentozinho da fase inicial (esse vem sempre com tudo!!). Mas foi tão diferente. Acho que sempre é diferente. As coisas iguais não nos atraem a ponto de mexer com a gente. De qualquer forma eu senti que tudo que eu havia pensado sobre amor não existia mais. A impressão que o amor passa (pelo menos nesse começo) é de que tudo é novo. E de repente você se ve como uma vítima.
O instinto diz o que ele já foi programado pra dizer sempre que isso aconteça (por mais diferente que tenha sido a descoberta dessa nova pessoa): - Cuidado!! Não se deixe levar.
E como é incrível a forma como não damos ouvidos. O amor não é cego. Ele nos deixa cegos. E também surdos.
O fato é que de alguma forma dessa vez, dei ouvidos ao que eu mesmo disse (aliás tive que repetir muitas vezes até cair na real) e consegui. Foram quatro dias perdido, com raiva e dor.
O amor parece uma doença. Sei que não é a comparação mais agradável, mas quanto antes é tratado, mais rápido se tem a cura. Precisamos de cura pro amor?!? Depende da sua própria análise. Existem coisas que são inaceitáveis para cada um. Na cegueira da paixão é muito comum passarmos por cima de todas as coisas independete de já termos percebido que são intoleráveis.
Ainda assim posso dizer amigos. Não levou mais que 4 horas para eu sentir uma coisa muito forte em mim e não levaram mais que 4 dias para eu me livrar disso. Será que não podiam ter sido 4 horas também?? NÃO!! Porque tudo tem um propósito e temos que aprender sobre cada situação. Se não for assim sempre seremos vulneráveis da mesma forma.
Depois de ler uns 4 blogs falando sobre amor, tudo no seu sentido mais melancólico, me senti na obrigação de falar sobre como estou bem e como é simples apesar de dolorido. Basta ser objetivo e cortar o mal pela raiz. Não demore muito para convencer a si próprio. Não se engane. Tome providências. Cuide de você mesmo. Recupere seu ego. E bola pra frente que agora tu é mais forte!!!

sexta-feira, 20 de julho de 2007

Reconhecimento do Amor

Amiga, como são desnorteantes os caminhos da amizade.
Apareceste para ser o ombro suave
onde se reclina a inquietação do forte
( ou que forte se pensava ingenuamente ).
Trazias nos olhos pensativos a bruma da renúncia:
não querias a vida plena,
tinhas o prévio desencanto das uniões para toda a vida,
não pedias nada,
não reclamavas teu quinhão de luz.
E deslizavas em ritmo gratuito de ciranda.
Descansei em ti meu feixe de desencontros
e de encontros funestos.
Queria talvez - sem o perceber, juro –
sadicamente massacrar-te
sob o ferro de culpas e vacilações e angústias que doíam
desde a hora do nascimento,
senão desde o instante da concepção em certo mês perdido na História,
ou mais longe, desde aquele momento intemporal
em que os seres são apenas hipóteses não formuladas
no caos universal.
Como nos enganamos fugindo ao amor!
Como o desconhecemos, talvez com receio de enfrentar
sua espada coruscante, seu formidável
poder de penetrar o sangue e nele imprimir
uma orquídea de fogo e lágrimas.
Entretanto, ele chegou de manso e me envolveu
Em doçura e celestes amavios.
Não queimava, não siderava; sorria,
Mal entendi, tonto que fui, esse sorriso,
Feri-me pelas próprias mãos, não pelo amor
Que trazia para mim e que teus dedos confirmavam
Ao se juntarem aos meus, na infantil procura do Outro,
o Outro que eu me supunha, o Outro que te imaginava,
quando – por esperteza do amor – senti que éramos um só.
Amiga, amada, amada amiga, assim o amor
dissolve o mesquinho desejo de existir em face do mundo
Com olhar pervagante e larga ciência das coisas.
Já não defrontamos o mundo: nele nos diluímos,
e a pura essência em que nos transmutamos dispensa
alegorias, circunstâncias, referências temporais,
imaginações oníricas,
o vôo do Pássaro Azul, a aurora boreal,
as chaves de ouro dos sonetos e dos castelos medievos,
todas as imposturas da razão e da experiência,
para existir em si e por si,
à revelia de corpos amantes,
pois já nem somos nós, somos o número perfeito:
UM.
Levou tempo, eu sei, para que o EU renunciasse
à vacuidade de persistir, fixo e solar,
e se confessasse jubilosamente vencido,
até respirar o júbilo maior da integração.
Agora, amada minha para sempre,
nem olhar temos de ver nem ouvidos de captar
a melodia, a paisagem, a transparência da vida,
perdidos que estamos na concha ultramarina de amar

Carlos Drummond de Andrade