terça-feira, 24 de abril de 2007

Becarful Yourself

Bom meus amigos, fazer planos é se arriscar a obter metas não cumpridas mas ter metas pra buscar é de extrema importância. Não, não é de metas que eu vou falar hoje, mas terei que deixar de lado maiores explicações acerca do nome Objeto Subversivo, meta esta colocada pra hoje por mim mesmo. Vou apenas resumir rapidamente.
A palavra "objeto" vem do latim objectu que significa lançado adiante. Em seu verbete, fica descrito como:
* Tudo que afeta os nossos sentidos;
* Coisa Material;
* Corpo;
* Matéria, assunto;
* Fim, propósito;
* Intenção, desígnio;
* Agente.

Já a palavra "subversivo", é um adjetivo que se originou a partir da palavra subversu, também do latim, com o significado de desabado. Está descrito no dicionário como:
* que subverte (explico pra caramba!!);
* Revolucionário, rebelião;
* Ação de subverter, virar de baixo pra cima;
* Arruinar, afundar.
Dessa forma, a minha inteção eh de que esse blog seja um agente revolucionário. Não quero implantar uma ideologia, mudar o mundo e não tenho pretensões maiores de mudar outras pessoas. Isso aqui é simplesmente algo meu para mim mesmo. Um espaço onde eu possa expressar idéias que caso também interessem a você que está a ler, lhe façam pensar um pouco e tirar suas próprias conclusões.

Assim já explicado o significado deste blog vou partir ao assunto principal ao qual eu vou discorrer hoje. Se você tem estômago fraco não leia a história.

Eram 11:00 de uma segunda-feira comum e eu saía para meu horário de almoço. Havia comprado dois xaxins de samambaias que queria colocar no meu quarto. Minha tia (especialista em samambaias) me falou que tinha duas samambaias muito bonitas plantadas no fundo de seu quintal, na terra mesmo. Parti direto pra casa dela. Ao chegar fomos vê-las. Eu dizia onde planejava pendurar as duas pteridófitas quando ouvimos um barulho estranho na rua. Não dei muita imporância até ouvir o primeiro grito. Corremos eu e a tia Mariquinha para a frente de casa. Ao abrir a porta, vi do outro lado da rua um rapaz caído na calçada. Ele aparentava ter uns 30 anos, em torno de 1,80 e não era gordo mas estava um pouco acima do peso. Minha tia o conhecia pois é o rapaz que mora na casa em frente a onde ele estava caído.

Tudo foram questões de segundos. Do momento em que vi a perna dele até a primeira ânsia de vômito. Sua perna estava totalmente deformada, com a tíbia quebrada no meio e exposta. A metade da canela pra baixo estava pendurada apenas por músculos e pele.

O rapaz trancou o portão e esqueceu a chave pra dentro. Ele pulou o muro e pegou a chave, mas naquele molho não havia uma chave para o cadeado do portão. Então ele teve que pular novamente para fora. Ao cair seu osso não suportou o esforço e partiu ao meio. Era tanto osso para fora da perna que da porta eu podia ver. Minha tia (que foi enfermeira por mais de 10 anos e tem um estômago que eu nunca vi igual) em uma reação de reflexo correu em direção ao rapaz já desesperada por ver aquela cena. Ao ouvir outro grito desesperado do homem eu acordei daquela paralisia e fui ao telefone. De dentro da casa do outro lado da rua eu podia ouvir os berros, o que dificultava mais ainda para discar os 3 números (190). Ao ligar e chamar a ambulância a atendente me disse que era da polícia. Eu teria que ligar no 193. Não me lembro se minha mão tremia mais ou menos do que na hora de ligar no 190 mas sei que também foi difícil. Quando fui atendido pedi uma ambulância com urgência, passei o endereço e falei que era um caso de fratura exposta. Após eu falar tudo que eu achei ser necessário a mulher me perguntou como aconteceu. Eu ainda não tinha nem pensado na situação ou em como ele pudesse ter se machucado. A única coisa que eu tinha em mente era a imagem que vi logo ao abrir a porta, a perna pendurada. Sem pensar e nervoso com toda uma situação pela qual eu nunca tinha passado, eu falei pra atendente: -Moça manda logo essa ambulância que o rapaz está sangrando muito. E enquanto eu ia falando ela tb ficava perguntando até que ela me cortou já falando em tom de voz de grito: -Moço se você não responder o que eu estou te perguntando eu não vou mandar a ambulancia então se acalma e responde, como se fosse possível simplesmente sair daquele estado de nervos e me acalmar. A minha vontade era de lançar aquele telefone na parede mas respondi logo o que ela queria. Depois pensei que aquilo de repente pudesse ser alguma forma que eles têm para se protegerem de trotes e evitar perdas de tempo. Apesar da curiosidade inevitável em ver algo tão "chocante" eu sabia das minhas limitações e resolvi ficar dentro de casa, onde apesar de ouvir ele gritar que estava doendo eu não via nada. O telefone tocou e imaginando que pudesse ser alguma coisa relacionada ao pronto socorro atendi. Era uma mulher querendo falar com minha tia. Eu já estava pedindo pra ela ligar um pouco mais tarde quando ela se identificou como sendo a mãe do machucado. Me vi com outro desafio. Ir até o homem caído no chão onde estava minha tia levar o telefone. Fui até lá e nisso já estava chegando a ambulância. Foram aproximadamente 12 minutos desde o momento que eu tinha ligado. Ao chegar perto eu vi todo aquele sangue no chão com uma textura já mais escura e grudenta como que já sofrendo ação do plasma e coagulando. Vi também estilhaços de osso por todo o chão. A esse ponto o rapaz já chamava pela mãe dele desesperadamente. Junto com a ambulância chegou seu pai. Fico imaginando que se eu já senti tudo isso vendo um desconhecido naquela situação, como seria ver alguem do meu convívio.

Mais incrível é ver a calma que os paramédicos têm. Não sei se essa calma vem da rotina de ver tantas coisas feias ou se a pessoa já nasce com esse sangue frio. Só sei que esse já é o primeiro requisito obrigatório que me desclassifica para ser um possível paramédico algum dia. Chegaram desejando bom dia a todos depois sem correria, levaram um pedaço de papelão até o rapaz. Eles avisaram que iria doer um pouco (como se já estivesse doendo pouco). Quando pegaram a parte que estava pendurada o homem gritava feito criança de tanta dor.

Depois de tudo isso fui embora pra casa, engoli o que consegui comer e voltei para o serviço. Meu dia se restringiu aquele acontecimento. Eu podia me distrair por alguns momentos enquanto trabalhava mas logo tudo voltava a cabeça.

Isso tudo me fez pensar, quão frágeis somos nós. Nosso corpo é uma máquina extremamente limitada como qualquer outra. O manual de instruções são as nossas sensações. As vezes achamos que podemos fazer algo que ele não aguenta. A pior parte não é essa. Como somos displiscentes na hora de cuidar desta máquina. Não nos importamos em deixá-lo mais frágil ainda nos utilizando de doses diárias de venenos que pagamos pra usar. Fumar um cigarro, tomar uma latinha de coca-cola gelada. Também dispendemos pouco tempo com coisas básicas como exercícios ou refeições. Nunca se esqueçam meus amigos. Mastigar também é importante. Quem não mastiga direito além de ter problemas digestivos ainda está mais propício a obesidade. Se cuidem. Não deixem que o seu peso se torne um obstáculo ao seu corpo. O mais interessante é que até mesmo as maiores fabricantes mundiais já se preocupam com a questão da saude.




Não pensem que eles se preocupam com vocês, mas sim com um "mercado-alvo", que vem surgindo e pode ser denominado como uma "geração saúde". Pessoas que não descartam o prazer de um refrigerante gelado mas dispensam as calorias. Será que os produtos que eles utilizam para manter o sabor substituindo os açúcares fazem bem a saúde?


Este ano a companhia PepsiCo está lançando no mercado a Pepsi Max. Esta vem a ser uma bebida com o mesmo sabor da Pepsi convencional mas sem açúcar nenhum.
Juntamente com a AmBev, a PepsiCo está lançando um produto que ela não denominou como um refrigerante, mas sim como uma "água saborizada". O H2OH tem uma quantidade mínima de gás suficiente apenas para ativar o sabor. Ela ainda tem uma quantidade suficiente para suprir a necessidade humana de vitamina B diária.
Não podendo ficar para trás, a Coca-Cola está lançando a Coca Zero que vem a ser um refrigerante com o sabor igual ao da Coca mas sem nenhuma caloria.
Mas eles foram mais além e estão lançando também o Enviga. Este vem prometendo fazer milagres. Segundo a Companhia o Enviga é um refrigerante que emagrece. Feito a base de chá verde, com 3 latas por dia você pode perder até 100 calorias (nossa quanta coisa!!).

Por fim, tendo a certeza de que já falei demais, fica aí pra você decidir se prefere os prazeres dos nossos venenos diários ou a saúde. Da minha parte o que eu posso dizer é Becarful Yourself.

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